Funed no ar: fazenda São Judas Tadeu
PESQUISAS PARA O PÚBLICO NÃO ESPECIALIZADO
A Fundação Ezequiel Dias trabalha pela popularização do conhecimento, e o Descomplicada Ciência é fruto desse desejo de levar conteúdo científico de forma simples e atraente para a população não especializada.
Nesse episódio, as pesquisadoras Luciana Maria Silva e Milene Pereira Moreira, do Laboratório de Biologia Celular, apresentam uma importante pesquisa realizada na Funed, que estuda o gene STAT3 como um promissor biomarcador de quimiorresistência. A pesquisa pode, no futuro, trazer possibilidades terapêuticas para as pacientes de um câncer de difícil tratamento: o câncer de mama triplo negativo.
Para conhecer a pesquisa mais a fundo, assista ao vídeo completo aqui.
E, para se aprofundar ainda mais no tema, você pode também ouvir o podcast do programa, com a íntegra da entrevista concedida pelas pesquisadoras para o Descomplicada Ciência.
A Fundação Ezequiel Dias possui uma fazenda localizada em Betim, a 35 km da sede da Fundação, onde são criados os cerca de 120 cavalos essenciais para a produção de soros antipeçonhentos, antitóxicos e antivirais, utilizados para tratamento de picada de animais peçonhentos e infecção por tétano e raiva.
Com 14 funcionários responsáveis pelos 200 hectares da Fazenda – sendo 140 hectares de reserva florestal que incluem sete nascentes de pequenos riachos –, o local possui também 12 ovinos destinados à pesquisa e à produção de sangue para meios de cultura.
Como é feito o soro?
Para a produção dos soros, pequenas doses de veneno diluído são injetadas nos cavalos, que produzem anticorpos específicos e se tornam imunes. Quando isso ocorre, são feitas retiradas de sangue do animal e a separação do plasma (onde estão contidos os anticorpos produzidos). Os outros elementos do sangue (hemácias e leucócitos) são devolvidos ao corpo do animal, para preservar sua saúde.
É a partir desse plasma que são produzidos os oito tipos de soro que a Funed está apta a produzir:
– soro antibotrópico: usado em casos de picadas de jararacas (Gênero Bothrops);
– soro anticrotálico: usado em casos de picadas de cascavéis (Gênero Crotalus);
– soro antibotrópico-crotálico: usado em casos picadas de jararacas ou cascavel (Quando não se sabe qual espécie de cobra picou o paciente);
– soro antibotrópico-laquético: usado em casos de picadas de surucucu (Gênero Lachesis) ou algum animal do gênero Bothrops. Este soro é bem específico para região amazônica e mata atlântica;
– soro antielapídico: usado em casos de picadas de corais verdadeiras (Gênero Micrurus);
– soro antiescorpiônico: usado nos casos de envenenamento por qualquer espécie de escorpião (Gênero Tytius);
– soro antirrábico: indicado em casos de ferimentos graves provocados pela mordedura de animal suspeito de ter contraído raiva;
– soro antitetânico: eficaz para a neutralização das toxinas secretadas pelo bacilo tetânico (Clostridium tetani).
A produção de soro pela Funed está interrompida para adequação da estrutura fabril, mas a fazenda já se prepara para a retomada da produção, prevista para o segundo semestre de 2019.
Conheça um pouco mais da Fazenda nas palavras do chefe da Divisão de Produção Animal, Claudio Fonseca de Freitas.
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Publicado em: 19 de fevereiro de 2019 14:44
Última atualização: 05 de outubro de 2022 18:49