Memórias da Ciência

Como lidar com o imponderável? O que se pode ver, mas não medir; o que se pode tocar, mas não pesar; o que se pode perceber, mas não avaliar. Ao longo da história, a ciência ocupou o lugar do que pode ser medido, aferido, contado. Aquilo que se pode observar e mensurar com vistas a uma constatação. Para muitos e muitas, a ciência ainda ocupa apenas o lugar da objetividade.

Entretanto, o passar das horas, dos anos e dos séculos convida a ampliar a compreensão da ciência, incluindo na constituição dos sentidos o inexplicável, o imperceptível e até o ininteligível. Justamente essa ausência de uma ideia de compreensão global sobre determinado objeto estudado é que pode ampliar as possibilidades para que ele se torne outro (s).

E foi o próprio tempo o ponto de partida para a  organização de parte do acervo histórico da Funed, agora disponibilizado em formato digital. Com o intuito de ampliar a percepção acerca de determinados objetos históricos, propõe-se uma releitura da própria peça, mas também da ciência, da história e da sociedade.

Nesse sentido, uma balança mecânica de dois pratos pode ser apenas um utilitário antigo; mas, quando faz parte de uma Fundação científica centenária, guarda registros sobre padrões científicos de uma época e das referências do que era precisão nesse tempo. A peça também pode revelar muito sobre as mulheres e homens que com tal objeto trabalharam e sobre os aspectos sociais imbricados nesse simples patrimônio.

O objetivo da exposição Memórias da Ciência consiste em recriar os sentidos a partir de diversos objetos, possibilitando um novo olhar para o passado, o presente e o futuro. Que esse olhar não se restrinja à visão, mas que permita sentir, imaginar, prospectar e ressignificar a ciência para além dos tempos.

 

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