Animais Peçonhentos

Serpentário

O Serviço de Animais Peçonhentos (Serpentário) da Funed tem como meta receber, estudar, pesquisar e criar serpentes e escorpiões, principalmente para extração de venenos, atendimento à produção de soros antiofídicos e aracnídeos e fornecimento de venenos para pesquisas. O Serviço também atua na difusão de conhecimento relacionado aos animais peçonhentos e atendimento à população, por e-mail (sap@funed.mg.gov.br).

O Serpentário realiza palestras para alunos de faculdades, cursos técnicos, empresas e órgãos governamentais por meio de agendamento, seguindo procedimentos da área.

Além disso, o Serviço possui um cativeiro de criação intensiva, onde ocorre a criação, manutenção e extração de venenos das serpentes e escorpiões, espaço que não é aberto ao público.


CRIATÓRIO

A Fundação Ezequiel Dias (Funed), desde seus primórdios em 1907, vem criando e estudando os animais peçonhentos. Oficialmente teve seu criatório de serpentes fundado em 1918, no qual utilizava o regime de criação extensivo, mantendo o serpentário aberto à visitação pública. Na época, a legislação, o clima, a arborização do entorno, baixos índices de poluição e outros fatores auxiliavam este modelo de criação – que ao longo do tempo foi se readequando aos novos conceitos da legislação de fauna, animais de laboratório, estudo dos venenos e aprimoramento na produção de soros antipeçonhentos.

O Serviço de Animais Peçonhentos tem um biotério de criação científica de animais silvestres credenciado aos órgãos reguladores desta atividade. Este serviço está estruturado em um sistema intensivo de criação individual dos animais em caixas e salas aclimatizadas com a finalidade de criar, reproduzir e extrair venenos que serão usados na fabricação dos soros antivenenosos e para atender as solicitações de pesquisas nas áreas biomédica, farmacológica e industrial.

Referência na produção de soros antipeçonhentos, no estudo e criação dos animais peçonhentos no Estado de Minas Gerais e no Brasil, o Serviço de Animais Peçonhentos da Funed disponibiliza agendamento de palestras, por meio do e-mail: sap@funed.mg.gov.br sobre ofídismo e aracnidismo para a população em geral. São atendidos escolas, empresas, órgãos governamentais, universidades, centros de pesquisas e outros produtores de soros antipeçonhentos no Brasil e no exterior.


EXTRAÇÃO DE VENENOS DE SERPENTES

  • Em uma caixa de sedação dividida em dois compartimentos, coloca-se gelo seco no compartimento superior;
  • Com auxílio de um gancho herpetológico, coloca-se a serpente no compartimento inferior da caixa de sedação;
  • O gás de dióxido de carbono do gelo seco levará o animal à hipóxia;
  • A baixa temperatura do gelo seco induz a serpente a praticar a termorregulação (hibernar);
  • Após a dormência, que pode levar de 5 a 10 minutos, o animal é colocado em decúbito ventral sobre uma bancada;
  • Com ajuda de uma pinça, abre-se a boca da serpente, colocando as presas em um béquer e massageando as glândulas de veneno;
  • O veneno extraído é identificado e acondicionado em gelo seco, para ser transportado ao laboratório de manipulação de venenos.
Extração de veneno de serpente. Foto: Léo Noronha