Respet’s: conheça o grupo de resgate de animais da Funed

Perseverança, amor e respeito são algumas das palavras que podem descrever o Respet’s. O grupo, criado por servidoras da Fundação Ezequiel Dias (Funed) em 2019, se mantém ativo até hoje, buscando sempre o melhor para os animais indefesos, como cães e gatos, que circulam na região. Um desafio diário para os integrantes do grupo, uma vez que a manutenção do trabalho depende da ajuda de voluntários que se solidarizam com a causa.

Com a coordenação composta por Adriana Bastos de Souza, Cleuza Miguel Alves, Jociene Silva São José, Jozé Roberto Maia, Luciana Lacerda Miranda e Myrian Morato Duarte, 34 animais já foram resgatados, sendo que a maioria deles já foram adotados e se encontram em lares, com pessoas que sabem amar e respeitar os pets. Além da coordenação, existe um grupo maior, composto por 26 pessoas, que contribuem, sempre que possível, para tratar dos bichinhos resgatados.

Mas só amor e carinho não os mantêm sãos e salvos. As coordenadoras do grupo contam que, ao longo da existência do Respet’s, já foram criadas estratégias como venda de chup-chup na lanchonete da Funed, rifas, recolhimento de tampinhas, bazar e pedidos diretos de doações para manter o grupo ativo. Atualmente, elas pensam em intensificar a divulgação do trabalho nas redes sociais para atrair mais voluntários e ainda realizar um evento cultural com shows de artistas locais.

Como o dinheiro arrecadado nem sempre é suficiente para ajudar nos cuidados dos animais resgatados, o grupo precisa, muitas vezes, tirar do próprio bolso. “Ainda há um certo desconhecimento de algumas pessoas a respeito das atividades do Respet’s, mas a grande maioria já conhece e confia no nosso trabalho e, sempre que possível, nos ajudam para que continuemos nesse caminho inspirador”, destaca Cleuza.

Lidando com emoções

Além das questões financeiras, há mais um ponto que afeta o grupo, o emocional. Lidar com a falta de dinheiro para manter um projeto é muito difícil, mas lidar com a carga sentimental de perder algum animal ou com o peso de saber que não se pode ajudar a todos, pode tornar quase impossível a missão de seguir em frente. “Buscamos esse equilíbrio umas nas outras, pois sabemos que mesmo com todas as adversidades, é preciso seguir em frente e manter a cabeça erguida”, reforça Jociene, também coordenadora do grupo. “A força para continuar a gente tira dos casos que são sucesso, quando a gente vê como esses animais foram recuperados e como estão atualmente”, completa.

Assim, o Respet’s vem fazendo sua parte para melhorar a sociedade, com atitudes que demonstram o melhor do ser humano. Gestos esses que inspiram outras pessoas a tomarem inciativas semelhantes, pois nada motiva mais que o exemplo. “E, dessa forma, vamos moldando um mundo melhor, pois toda boa ação leva a outra, como um efeito dominó, até o momento em que todos estarão pensando e realizando o melhor para a sociedade”, enfatiza Jociene.

Histórias de sucesso

As coordenadoras contam que um bom exemplo de como o bem é propagado é o caso da Morgana, uma cachorrinha resgatada na Funed. Uma servidora, ao ver o animal perdido na Portaria da instituição, logo pensou no Respet’s e mandou mensagem para um grupo de servidores da Casa, informando o estado da cachorra e explicando a situação. A primeira que chegou ao local foi Cleuza, que se deparou com uma surpresa: a servidora havia resgatado a Morgana, para que o Respet’s pudesse fornecer alguma ajuda.

Mesmo sem poder ajudá-la naquele momento, uma vez que não havia verba disponível em caixa, a coordenadora teve a ideia de criar um grupo com todos que passavam pela Portaria, para assim espalhar a notícia do pet resgatado e conseguir alguma ajuda. Após os exames iniciais, descobriram que Morgana tinha leishmaniose, começaram o tratamento e, por fim, Cleuza a levou para casa e cuida dela até hoje. Ela conta ainda que o nome Morgana foi dado em homenagem a uma servidora que tem os cabelos ruivos como os pelos da cachorra.

Doações e visibilidade são ótimas ferramentas para manter o projeto sempre vivo. E você, se interessou pela causa e quer ajudar? Conheça mais sobre o projeto pelo Instagram @respets_adote_amor. Caso queira contribuir com qualquer quantia, a chave PIX é respets.2019@gmail.com

Ainda como uma forma de ajudar os animais que vivem nas ruas, as coordenadoras do grupo indicam a todos, se possível, a levarem consigo uma embalagem contendo ração, como as mostradas na foto abaixo. “Uma embalagem pequena, cheia, é suficiente para alimentar de três a quatro cães, dependendo do porte. Se formos pensar que esses animais passam horas sem encontrar um alimento, a ração pode sim ser muito útil para amenizar a fome que eles passam nas ruas”, ressalta Cleuza.

Por fim, Jociene ressalta que a castração, assim como a adoção, é também um ato de amor e de cuidado com os pets. “Além de diminuir o número de animais abandonados, a castração ajuda na prevenção de doenças, como o câncer de mama e de próstata, aumentando assim o tempo de vida dos cães e gatos. Nesse sentido, nós do Respet’s estamos à disposição para poder orientar quem quiser adotar um animal e como proceder para realizar a castração dos bichinhos”, finaliza.

Texto: Lucas Luckeroth, sob supervisão de Ana Paula Brum

Veja mais notícias de: Destaque

Publicado em: 09 de julho de 2024 11:11

Última atualização: 10 de julho de 2024 16:11